Contratura de Dupuytren

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É uma doença de causa desconhecida que afeta a fáscia palmar, que é um tecido fibroso presente na palma das mãos, logo abaixo da pele e da derme.

A fáscia palmar sofre um processo de modificação de sua estrutura assumindo um padrão espessado e contraído.

SINTOMAS:

O aspecto inicial lembra a formação de calosidades ou nódulos endurecidos e indolores. Com a evolução há contratura em flexão dos dedos, especialmente o dedo mínimo, podendo evoluir até o fechamento total dos dedos, nos casos mais graves. É uma doença comum nas pessoas com antecedentes do norte da Europa, mas pode acometer qualquer pessoa.

Pode haver acometimento associado da fáscia plantar nos pés, e em outros locais do corpo. Esta doença raramente provoca dor.

DIAGNÓSTICO:

O diagnóstico é feito clinicamente através do exame físico especializado, não sendo necessário exames complementares, nos casos típicos.
Nenhum tratamento está indicado quando não há contratura articular, ou seja, quando o paciente é capaz de abrir os dedos das mãos sem restrições.
É importante fazer o diagnóstico precocemente para o monitoramento das contraturas e evitar a formação de contraturas severas, quando o risco de complicações do tratamento aumenta significativamente.

TRATAMENTO:

O tratamento padrão é cirúrgico, onde o tecido doente é removido e as contraturas são liberadas. Trata-se de uma cirurgia delicada, onde a maior dificuldade consiste na preservação dos nervos e vasos digitais, que estão em contato direto com o tecido doente.
Outro problema é a possível falta de pele saudável para fechamento da ferida, a qual pode ser resolvida com o uso de enxertos de pele retirados de outras partes do corpo.
Terapia da mão pode ser necessária para restabelecer o arco de movimentos dos dedos. Nos casos com contraturas crônicas de longa evolução, as juntas podem estar rígidas, o que dificulta a cirurgia e a reabilitação pós-operatória, comprometendo o resultado funcional final.
O tempo de recuperação varia de acordo com a gravidade da doença, limitando-se ao tempo de cicatrização da pele (2-3 semanas) para atividades da vida diária e 6 semanas para as demais atividades.
Após a cirurgia é preciso fazer um seguimento médico, pois há risco de recidiva da doença, a qual costuma obedecer os mesmos princípios de tratamento da doença primária.