O Dedo em Gatilho como é popularmente conhecido é também chamado de Tenossinovite Estenosante. É uma das doenças mais freqüentes da mão e ocorre devido a um processo inflamatório crônico dos tendões flexores na região da base dos dedos.
Nódulo preso atrás do tendão
SINTOMAS:
O primeiro sintoma pode ser a dificuldade de fechar totalmente os dedos. Ao longo do tempo pode haver um travamento do dedo, geralmente muito doloroso, podendo ser necessário o uso da outra mão para destravá-lo. O termo gatilho decorre da sensação de ressalto durante o deslizamento do tendão ao movimentar o dedo.
O “engatilhamento” é mais comum pela manhã ao acordar e melhora ao longo do dia.Geralmente não é possível identificar a causa exata do processo inflamatório, mas pessoas que realizam atividades repetitivas têm maior chance de desenvolver esta doença.
A herança genética e o Diabetes também são apontados como fatores predisponentes para esta doença. A inflamação crônica do tendão provoca a formação de um nódulo tendíneo na base do dedo. Este nódulo é o responsável pelo “engatilhamento” durante o fechamento e abertura do dedo afetado.
O dedo em gatilho afeta pessoas de todas as idades, incluindo crianças, mas é mais freqüente em mulheres de meia-idade. Em crianças, devido à imaturidade óssea, podem ocorrer deformidades graves, quando não tratadas adequadamente.
DIAGNÓSTICO:
O diagnóstico na maioria das vezes é feito pelo exame clínico especializado, através da palpação do ressalto e da dor no tendão espessado. Nenhum outro exame é habitualmente é necessário para o diagnóstico nos casos típicos.
TRATAMENTO:
Para casos leves a moderados o repouso articular por 7-10 dias pode melhorar os sintomas. Neste período deve-se evitar atividades repetitivas e aquelas que provocam piora dos sintomas. O uso de uma órtese (tala) com o dedo estendido ajuda a manter o dedo em repouso e combate a formação do nódulo. É normalmente usada no período noturno.
Para casos mais severos existe a opção da infiltração com cortisona diretamente sobre o nódulo. É um procedimento relativamente simples e rápido, com o qual a maioria dos pacientes melhora dos sintomas, principalmente da dor. Pode ser necessário repetir o procedimento, mas não é aconselhável seu uso contínuo devido ao enfraquecimento do tendão e risco de ruptura ou infecção.
A cirurgia é recomendada quando os outros métodos falham ou quando o travamento do dedo é constante. É um procedimento de rotina, tendo baixo índice de complicações e excelente resultado a curto e longo prazo. O procedimento é realizado no centro cirúrgico, no regime de hospital-dia, onde o paciente não precisa dormir no hospital.
O procedimento consiste na incisão da pele e na abertura de uma das polias para que o tendão possa deslizar livremente durante os movimentos dos dedos. O uso da mão em atividades leves é permitido em 1-2 semanas após a cirurgia e a recuperação total geralmente é alcançada em mais algumas semanas.